30 de jul. de 2010

Palavras + atitudes = coerência

Eu posso suportar o cansaço do dia-a-dia.Mas para mim é difícil suportar a incoerência. Isso sim cansa demais. Cansa na alma. Escutar palavras que não condizem com a verdade ou não se traduzem em concretude são completamente frustrantes...É uma época de homens sem palavra.

Daí o Sérgio Pimenta sempre parece me entender. Ele é atemporal.

A fonte

As palavras não dizem tudo
Mesmo que o tudo
Seja fácil de dizer
Com certeza fala bem melhor o mudo
Se sua atitude manifesta o que crê

Compromisso sumiço, omisso
Ou faz o que fala
Ou se cala de uma vez
Que não venha sobre si justo juizo
Pois terrível cousa é cair nas mãos do rei

Mesma língua que abençoa, amaldiçoa
Mesma língua canta um hino
E traz divisão
Não pode da mesma fonte
O doce e o amargo
Se Cristo habita de fato no coração


20 de jul. de 2010

Eu não quero ter 1 milhão de amigos...

Que me desculpe o Roberto Carlos, mas eu faço a opção por ter bem menos que isso.

Já houve tempo (confesso) em que me deslumbrei com o orkut e cheguei a pensar “uau, quanta gente conheço”. Hoje, com a falta de tempo em que me encontro, sem nem ao menos mandar um recado “e aí, como estão as coisas?” para muita gente querida, às vezes sinto inveja dos que ostentam em suas páginas apenas 250 pessoas nos seus contatos.

Não digo que não seja possível se relacionar com muitas pessoas. Sim, conheço muitas que embora não sejam tão próximas, são extremamente queridas a mim. Outras já estiveram mais presentes, aqueles amigos chegados mesmo, mas que por circunstâncias da vida, estão mais distantes (física ou emocionalmente) e nem por isso deixaram de ser especiais (e nem deixei de chamá-las amigas). E é claro: poder olhar e perceber quantas pessoas nos tocaram de maneira especial ao longo da vida é um presente.

Mas o que tenho pensado ultimamente é que diante de tanta banalização nos relacionamentos em geral (hoje qualquer desconhecido quer ser amigo em uma rede social), há que se fazer escolhas para ter algo profundo e significativo.

Porque ser amigo de verdade é coisa que demanda tempo e investimento. E como nessa vida louca o tempo tem faltado, são poucos (vamos ser sinceros) os que realmente podem ser objetos desse tempo.

Antigamente tinha dificuldade em entender uma parte de um texto do livro de Provérbios que diz: “O homem que tem muitos amigos sai perdendo;mas há amigo mais chegado que um irmão.”Eu pensava: “Como alguém pode sair perdendo tendo muitos amigos?”

Acho que hoje eu entendo. Com muita gente, acabamos perdemos qualidade de relação.

Amigo é coisa de caminhada, não é algo que se adquire na prateleira de supermercado quando se percebe que falta este item na sua vida.

Como já disse C.S. Lewis em “Os Quatro Amores”, é algo para os que têm algo a partilhar:

"A Amizade surge do mero Companheirismo quando dois ou mais dos companheiros descobrem que têm em comum alguma percepção ou interesse ou mesmo gostos que os demais não partilham e que, até aquele momento, cada um acreditava ser o seu tesouro ou fardo especial. A expressão típica de um começo de Amizade seria algo como: “O quê? Você também? Pensei que eu fosse o único.” (...). É quando duas pessoas assim descobrem uma à outra, quando, seja com imensa dificuldade e hesitação, ou com o que nos parece uma rapidez elíptica, elas partilham a sua visão – nascendo assim a Amizade. E imediatamente ficam juntas numa imensa solidão.(...)

A amizade é tão desnecessária quanto a filosofia, a arte, o próprio universo (pois Deus não precisava criar). Ela não tem valor de sobrevivência; pelo contrário, é uma daquelas coisas que dá valor à sobrevivência.(...)"


Feliz Dia do Amigo a todos que já dividiram comigo um tesouro ou fardo especial.

17 de jul. de 2010

Adequado e atemporal



Ontem?
Hoje?
Amanhã?

Para quem?

As respostas não importam,
registrar é preciso.
Para isso é sempre tempo,
e a resposta é sempre certa.

Dunga e os telhados de vidro brasileiros



Eu sei. A copa já acabou há uma semana e o Brasil foi eliminado da mesma há duas. Mas como não consegui passar por aqui antes vou me dar o direito de escrever sobre um assunto que me incomodou um bocado.

Após a eliminação do Brasil, mesmo com a vida andando como se nada houvesse acontecido (uma vez que, em se tratando de futebol, eu torço mas não esquento a cabeça), continuei acompanhando a repercussão do fato. E todos sabiam o que aconteceria a seguir: toda a polêmica que se desenrolava por conta do comportamento do Dunga, mas mal era contida na esperança da vitória, deu lugar a uma enxurrada de declarações acaloradas, iradas e recheadas de impropérios. O povo lavou a alma no twitter e outras redes sociais e tome “fora Dunga” “Dunga burro” e por aí vai.

Achei exagero. Numa boa. Com certeza ele cometeu erros e foi infeliz na administração de seu humor no trato com a imprensa. O cidadão pode ter vacilado mas não era para tanto.

Mas como comentários futebolísticos não são meu forte e na minha própria casa fui execrada ao tentar minimizar as críticas ao Judas da vez, fiquei na minha até mesmo para não cair no lugar comum.

Mas, bastou uma rápida caminhada nas ruas num dia comum da semana seguinte para me fazer pensar o seguinte: “Quem é a (enorme) maioria do povo brasileiro para reclamar na falta de educação do Dunga?” Afinal, infelizmente não vivemos numa terra de “ladies e gentlemen”. Ou alguém discorda disto por aqui?

A verdade é que cada dia me desanimo mais com a falta de educação dos brasileiros. E não estou falando de gente humilde (que teria no senso comum a desculpa para isso), mas de gente “bem criada”. É no trânsito, é no supermercado, é no trato em geral. Acontece com crianças, jovens, adultos e gente idosa. A falta de ética reina também, absoluta. Palavrões? Basta dirigir seu carro 10 minutos e você já escutou muitos deles (geralmente dirigidos pelos infratores).

E, você pode ter certeza que se conversar com estas mesmas pessoas, elas condenarão a atitude do Dunga. Afinal todos dizem, “ele deveria ser exemplo”.

Concordo que ele deveria ter sido mais contido, concordo que pessoas em destaque (e não apenas elas, mas todos) deveriam ser exemplo. Só não consigo ouvir essa opinião dessa massa de orgulhosos proprietários de seus “telhados de vidro”.

Vamos combinar uma coisa: vamos trabalhar, vamos estudar, vamos ser um povo digno. Aí depois a gente reclama do Dunga, ok?

Como escreveria no twitter: #prontofalei.

2 de jul. de 2010

Dando um “oi” e falando desta Copa esquisita

Tá, sumi mesmo. Muitos afazeres, cabeça dando nó e por último uma gripe sinistra que finalmente me pegou. E que ainda veio com brinde: uma dor nas costas, que me fez descobrir o que é ter que tomar relaxante muscular. Ou seja: 3 dias em que eu não vali nada.

Bem, graças a Deus desde terça estou bem, mas correndo atrás do prejuízo para colocar a vida (ultimamente já bem louca) em dia.

Daí corri para passar por aqui e resolvi deixar uma pergunta aí no ar: sou apenas eu ou vocês também estão achando esta Copa bem “sui generis”?

Reparem:

Em primeiro lugar, tá muito “chocha”: demorou para “cair a ficha”; quando percebi, a Copa já estava aí. E prossegui, sem muita animação (que percebi ser um estado geral, resultado óbvio do nosso time que não está empolgando nadinha).

Em segundo lugar tá muito esquisita: Itália e França fora na 1ª fase já é suficiente para confirmar a estranheza...

Em terceiro lugar tá divertidíssima: acredito que justamente devido à falta de um futebol que realmente empolgue, os assuntos mais comentados são.... Jabulani, Vuvuzela e...Cala Boca Galvão! E como estamos na era da total interatividade na internet, somos presenteados quase todo dia com algo engraçado na web, como esse vídeo aqui embaixo que conseguiu misturar Senhor dos Anéis e Vuvuzelas...

Isso é a Copa 2010 minha gente. Mas tá valendo pelo menos como desculpa para encontrar os amigos para ver os jogos e me divertir muuuuuuuuuito...