14 de dez. de 2010

Por um olhar sem photoshop



Fosse hoje em dia, esse famoso quadro de Rubens receberia uma bela de uma edição em photoshop para entrar em qualquer número da revista Caras...

Afinal celulite não é mais popular atualmente. Pelo contrário, é um fantasma à espreita...rs. Levante a mão a mulher que não lembra do momento em que notou (com espanto e pavor!) seu primeiro “furinho” de celulite. É que nem o primeiro sutiã: a gente nunca esquece (até porque outros aparecerão, será difícil realmente esquecer).

Mas antes que alguma mulher desesperada procure uma máquina do tempo, eu imploro: mudemos nossas cabeças! Antes que enlouqueçamos. Sim, porque se a preocupação com o corpo é bacana e saudável, a obsessão com o corpo nos atingiu em níveis de loucura total. Não bastasse a ditadura do corpo, veio a ditadura da imagem, com fotos sendo alteradas para transformar a beleza em algo inatingível.

Escrevo isso porque vi, em um blog muito legal (o Hoje vou assim da Cris Guerra) a seguinte campanha: Mulher sem Photoshop, à qual aderi desde hoje, usando um selinho na coluna lateral. Não é o máximo?

Mas calma gente: não considero o pobre do programa um vilão. Aliás, trabalho com design, trabalho com photoshop. Mas há uso adequado para todas as coisas.

E além disso: beleza é cultural, ou seja, a questão está na nossa cabeça, no nosso olhar.

Então que tenhamos um olhar sem photoshop E que esse olhar “despreconceituoso” se estenda para além da estética...

Para fechar, um vídeo de uma campanha (bem conhecida) da Dove, que nos ajuda a refeltir sobre o motivo de nosso conceito de beleza estar tão equivocado...

10 de dez. de 2010

Ih...escapou!



Um dos graves problemas que tenho em atualizar ultimamente este blog é certamente o tempo que o meu trabalho tem consumido. Fases da vida (na verdade nem posso reclamar).

Mas outra coisa que tem atrapalhado é a velocidade e o alto tráfego de pensamentos da minha cabeça nos últimos tempos. “Tô” assim andando na rua e me vem uma idéia ótima (não só para aqui mas para meu trabalho também). Daí alguém fala comigo, eu espirro, bate um vento, amiga liga, chega novo tweet...ihhhh já era, já foi, sumiu, escafedeu-se a idéia.

Sinceramente: nosso cérebro tinha que vir com um caderninho e um lápis acoplados, ou então alguém tinha que inventar um backup de pensamentos. Já pensou? O pensamento vem, mas você não consegue registrar em algum lugar no momento. Então, mais tarde você vai lá e acessa o backup de pensamentos. Fantástico!

Deus, com todo respeito #ficadica.

P.S.: Tira do bichinhos de jardim.

8 de dez. de 2010

Porque o Natal está chegando

Olha o ano mais uma vez me atropelando, e o Natal me pegando de assalto. É fato: todo ano prometo a mim mesma que será diferente, que me organizarei e me prepararei para desfrutar da chegada dessa época com mais tranqüilidade, quietude e reflexão. Que nada: foi tudo igual mais uma vez. O que me consola é que não estou sozinha nessa frustração. Pelo menos é o que todos dizem.

Mas sabe que apesar disso esse ano tem sido um pouco diferente. A correria não mudou, está mais intensa. Mas talvez justamente essa mesma correria, urgência e loucura do dia-a-dia têm me feito valorizar com mais intensidade certas prioridades. Têm deixado meu coração mais sedento e sensível ao que é eterno. Relacionamentos são eternos. E relacionamentos, eterno e Natal têm tudo a ver.

E essa semana topei com este vídeo no blog do Renato Vargens. Incrível! Amei por vários motivos mas principalmente porque ele traz o sentimento do incomum irrompendo o comum, do divino invadindo a rotina humana para dar a ela de volta seu verdadeiro sentido, que é o que o Natal quer dizer: Deus conosco!

Ah sim: e também porque eu aaaaaaaaaaaaaamo Aleluia de Haendel (desde criança)!



Pois é gente: o Natal está chegando. Não percamos isso de vista...

28 de out. de 2010

Escrever é assim: um elogio e uma justificativa

Ontem li, numa entrevista do Globo, alguns pensamentos da Adélia Prado sobre o processo da escrita. Vejam que perfeito:

“Adélia não é o tipo de escritora que tem um método, uma rotina. não consegue trabalhar todos os dias. Só escreve quando ‘a coisa vem’. Quando fala da sua escrita, ela invariavelmente usa o verbo ‘vir’. (...)

– Acho que ninguém explica a forma como se escreve poesia, né? Acho que há um impulso inicial, interno, sobre algo que se quer dizer, e quer se dizer em forma de poesia. A partir daí você tenta escrever. Nem sempre você é feliz. Às vezes, o poema não se resolve. Eu não sei falar sobre isso, não – reclama – Gosto mais de escrever poesia do que prosa. E digo que o objetivo da prosa é a experiência poética. Se não, eu acho, a prosa não sabe a que veio. Toda arte tem uma finalidade só: tocar aquele nervo. Na prosa, você não narra porque narra. Alguma coisa tem que se mover.”


Pois é, escrever tem que passar pelo “tocar aquele nervo”. Não faz sentido, não tem graça, se não for assim.

E Adélia (que alma sensível!) “toca aquele nervo”. Brilhantemente. Alem de possuir a mágica de conseguir expressar o que eu sinto e não consigo colocar em palavras. Traduz em tinta o banal (mas não menos relevante) do cotidiano.

E assim se deu comigo, mais uma vez. Quando a li encontrei as palavras (que apenas meu coração balbuciava) para justificar (em grande estilo) minha inconstância no blog. Se a “coisa não vem”, não pulsa, não me toca de maneira diferente, não merece estar aqui.

Para arrematar uma poesia, que há anos atrás, me introduziu ao mundo da Adélia (obrigada Elivânia!). E que justamente fala da magia da escrita:

Antes do nome

Não me importa a palavra, esta corriqueira.
Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe,
os sítios escuros onde nasce o “de”, o “aliás”,
o “o”, o “porém” e o “que”, esta incompreensível
muleta que me apóia.
Quem entender a linguagem entende Deus
cujo Filho é Verbo. Morre quem entender.
A palavra é disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda,
foi inventada para ser calada.
Em momentos de graça, infreqüentíssimos,
se poderá apanhá-la: um peixe vivo com a mão.
Puro susto e terror.

P.S.: Meu aniversário é só em março. Mas já tá valendo minha indicação de um livro da Adélia para meu presente...rs.

Mudei!

Como já dizia Heráclito: “Não podemos banhar-nos duas vezes no mesmo rio, porque o rio não é mais o mesmo”.

Pois é: não sou mais a mesma (ainda bem!)

Sendo assim, o visual do blog mudou, um sonho desta que escreve há um bom tempo. Porque tem hora que as roupagens têm que acompanhar as mudanças internas, estou certa?

Mas a mudança não está completa, ainda não estou satisfeita. Quis mudar logo algo (êta ansiedade!) mas sabe lá Deus quando a tarefa será concluída: seja por conta da escassez de tempo que me acomete ou do perfeccionismo que faz parte do meu ser desde a infância. Vivo fazendo arte pros outros e para mim mesma cadê? Em casa de ferreiro...

Pode ser coisa de mulher também que está louca para mudar o corte de cabelo, mas quando corta estranha e vai se acostumando aos poucos (só eu sou assim?).

Bem, um ajuste aqui e outro ali...e daqui a pouco eu chego lá.

13 de out. de 2010

Para os céticos de plantão...



Tirinha perfeita do Bichinhos de Jardim!

Uma homenagem à esperança, que é uma das coisas mais cristãs que existe...


P.S.: Um salve para o resgate dos mineiros no Chile! Isso também me faz continuar acreditando...

12 de out. de 2010

Essas crianças e sua lógica maravilhosa!



Se você continua acreditando que é possível...um feliz Dia da Criança para você e para mim!

5 de out. de 2010

Comer, rezar, amar



Neste último final de semana eu e mais 323 mil pessoas vimos a aguardada estréia da adaptação para o cinema do best-seller “Comer, rezar, amar”. Ainda não li o livro. Uma amiga me emprestou e já já começo a ler...

Gostei. Não é filme de Oscar obviamente, mas as reflexões no melhor estilo “auto-ajuda” “gente que sofre como a gente” “você não é o único na face da terra a se sentir assim” valeram meu ingresso e só fizeram confirmar minhas elucubrações recentes sobre a vida.

A principal, de que ela tem a ver com transformação, com superação, com “andar com a mochila leve”, com desapego, “deixar coisas para trás” e por aí vai. Que sempre há um recomeço. E que sempre vale à pena.

E outra não menos importante: só vale à pena dividir a vida e os sonhos com alguém que tenha um número de carimbos no passaporte parecido com o seu. Traduzindo: só uma alma de viajante vai te entender se a sua alma também for de viajante...

Bem, foi muito bom. Melhor, só se eu encontrasse na saída da sessão um cara com pelo menos a metade do charme do Javier Bardem...rs. Fica para uma próxima, quem sabe.

1 de out. de 2010

E Deus criou as irmãs...



Para fazer companhia.
Para implicar.
Para dar dicas de moda.
Para fingir que nem se importou com a briga.
Para torcer.
Para corujar.
Para ficar com o chocolate.
Para ficar com o champignon.
Para quebrar um galho.
Para derrubar uma árvore.

Para lembrar como faria falta se não existisse.

Feliz niver mana!

29 de set. de 2010

E quem foi que disse que seria tão fácil assim?


Vamos combinar: se não desse um pouco de trabalho não teria graça...




P.S.1: Tirinha do sempre maravilhoso Bichinhos de Jardim. Fica aqui.

P.S. 2: Por falar em Bichinhos de Jardim, alguém viu a Joana de pelúcia? Muito fofa genteeeeeeem! Veja aqui.

27 de set. de 2010

Afinal, quem fica com o último pedaço de brownie?

Quem já assistiu o filme “Um lugar chamado Notting Hill” certamente deve lembrar de uma cena muito divertida e inteligente. Os personagens se encontram à mesa, em um jantar, quando sobra um último pedaço de brownie. Daí o anfitrião propõe um desafio: mereceria aquele pedaço quem tivesse a história mais triste da mesa.



Então...

Na noite da última sexta encontrei algumas amigas queridas, e quando me juntei à mesa onde elas estavam, a pergunta que estava no ar era exatamente sobre quem merecia o último pedaço de brownie. Não, não havia esta iguaria na mesa. A pergunta era obviamente retórica.

Tudo porque há alguns meses todas ali tinham alguma história sentimental para contar: ou acontecendo, ou em desenvolvimento, ou com grandes chances de acontecer.

Só que em pouco tempo, eis que estávamos todas ali, com mais nada acontecendo. Zero. Nadinha. O detalhe é que todas as histórias tiveram desfechos bizarros. Isso mesmo: bizarros, estranhos, incompreensíveis (pelo menos para nossas cabecinhas femininas). Desde homem que em poucos dias queria casar com a “mulher da vida dele” mas um tempo depois ficou estranho, sumiu e desapareceu até o cara que promete o “mundo” mas não comparece de verdade.

No final chegamos à conclusão que era difícil saber quem mereceria o tal do brownie. As histórias eram diferentes, mas com o mesmo grau de bizarrice. Tanto que nem dava para ficar triste. Perplexas sim, mas bem.

É o que eu tenho dito ultimamente: cartãozinho de terapeuta na mão de todos eles! Ou então proponho o lançamento da campanha: tratamento psicológico desde a tenra infância...

P.S.: o pedaço de brownie não poderia ser meu. Não gosto de chocolate.

25 de set. de 2010

Vários “sobres”



Cada um dos assuntos a seguir seria um post. Mas o tempo passou e como nenhum deixou de ser relevante quis juntar tudinho num só. Isso que dá ser uma blogueira sem-vergonha e demorar a aparecer por aqui...

Sobre Minas

Relendo o último post, tive a sensação de escutar um sotaque mineiro ao fundo. Algo meio nas entrelinhas, no “jeitim” de escrever.

Se estou imaginando coisas não sei, mas fato é que no dia anterior eu tinha estado em BH. E lido também um blog interessante de alguém de lá.

Daí quis deixar registrado o quanto o povo de lá é especial. Sempre achei e sempre que vou lá volto mais certa disso. E os mineiros, longe do batido estereótipo caipira que se lhes atribui, têm uma simplicidade que se junta com sensibilidade e originalidade impressionantes. Que são a meu ver os ingredientes que fazem esse “jeitim carinhosim” tão peculiar.

E como o Brasil é único lá. Sou carioca com orgulho, mas “meu lado pão de queijo” diz com convicção: Minas é o que há!

P.S.: O dia lá foi perfeito. Com direito a comer pão de queijo, feijão tropeiro e comprar doce de leite de Viçosa...

Sobre o Fundo Cristão para Crianças

Agora eu conto o motivo da viagem a BH: conhecer um pouco mais de perto o Fundo Cristão para Crianças. Uma organização que promove o apadrinhamento de crianças em situação de risco e miséria no Brasil.

Além do trabalho em si ser tudo de bom, fiquei impactada com o engajamento e a seriedade de todos que trabalham lá. Você já conhece? Clica aqui.

Serei sincera: sobre isso terei que escrever melhor depois.

Sobre partidas e pessoas marcantes

Hoje infelizmente estive no sepultamento de uma pessoa querida e marcante. Ela foi, juntamente com o esposo, fundamental na vida espiritual de toda uma geração.

Partiu cedo: 66 anos apenas. Mas o que viveu e representou em nossas vidas, dá para encher incontáveis tempos.

Partidas, nem sempre esperadas, sempre nos fazem pensar:

  • Que gente assim é que vive de verdade. E que só vale à pena viver se for desse jeito.
  • Que somos muito abençoados, verdadeiramente presenteados todos os dias com pessoas especiais.
  • Que não devemos permitir que a loucura do dia-a-dia nos prive de enxergar isto e de desfrutar com profundidade e riqueza essas presenças tão ricas que povoam nossas vidas.

Obrigada Ester! Mais um pouco a gente se encontra de novo.

E sobre a foto?

Foi a única foto do dia da viagem, antes de decolar no Santos Dumont. Pois é: amo fotos tirada de avião. Elas sempre me lembram que a possibilidade de viajar está ali, bem pertinho.

16 de set. de 2010

Durante



Nos últimos tempos, entre meu atropelo e quem me atropela, às vezes me engano pensando que tudo o que eu queria era congelar o tempo. Era pedir para o trem parar em alguma estação poeirenta por aí. Só para respirar, clarear as idéias, arrumar a cabecinha e lembrar direitinho para onde eu estou indo.

Mas uma súbita lucidez me mostra o equívoco.

É no durante que as coisas acontecem, é no enquanto que a luz acende, assim, de repente. É no decorrer que a gente cansa e esquece o que nos preocupava.E quando vê já está pensando diferente.

E esse milagre não é o tempo que faz sozinho. Acontece porque Ele está no caminho. Comigo.

31 de ago. de 2010

Seu mundo pode ser cor-de-rosa...



Muito trabalho, poucas horas de sono, computador que começa a pegar fogo, tudo na última semana que me pareceu a mais cansativa de toda a minha vida.

Mas aí um ipê rosa floresce depois de três anos...

Não tem como não sorrir diante desta pintura do Criador. Ele só sabe fazer coisa bonita.

Um bom mundo cor-de-rosa para você!

P.S.1: A foto é de um ipê rosa no jardim da Escola de Pastores, tirada em 31/08.

P.S.2: Nada como fazer campanha para amigos caridosos não? No post do dia 09/06, eu comentei sobre o CD do filme Once. E não é que eu ganhei uma cópia? Valeu Luís!

13 de ago. de 2010

Suas mãos estão cheias de conchas?

Apenas veja. E como eu reavalie muita coisa.

Meu Brasil brasileiro

Lindo vídeo promocional do Brasil, produzido pelo Fernando Meirelles. Vejam! Porque é sempre bom lembrar que moramos num país, como já se disse, “bonito por natureza”. Ô privilégio!



E é sempre bom lembrar que ainda tenho uma listinha de lugares para conhecer.

Rio, Fernando de Noronha, Salvador, Foz do Iguaçu, São Paulo, BH, Ouro Preto, Brasília: OK! Checked out!

Pantanal, Bonito, Amazonas, Chapada Diamantina: me aguardem que um dia eu apareço aí...

11 de ago. de 2010

Pára um pouquinho, descansa um pouquinho...



Levanta a mão quem não lembra desta propaganda?

Lembrei dela ontem, porque no meu caso, eu estou precisando de um vôo com muitas escalas: “pára um pouquinho, descansa um pouquinho...”

P.S.: Mais cedo vi que um clube perto de minha casa já está divulgando seu evento de Reveillon!!! Deste jeito está difícil da vida ser menos frenética...

5 de ago. de 2010

Tempos e tempos



Segue texto antigo, já que a mente tem estado um pouco em branco, sugada por tantos afazeres e preocupações.

Mas vem bem a calhar.

Ando cansada. Muito mesmo. Fazendo muitas coisas. Não fosse a certeza de que é um esforço necessário por um tempo, e de que tudo o que tenho feito vale realmente à pena, acho que já tinha enlouquecido.

Mas já já eu faço que nem o sol e me permitirei descansar e reivindicar meu espaço.

Entre o dia e a noite

Mais um dia acabou e eu nem percebi. Como eu, ele se esvai, cansado e sem forças. Em sua impotência cede lugar à escuridão, que devora as casas, árvores, montanhas, expectativas e esperanças, fazendo as cores e as coisas desaparecerem. Sucumbo também à penumbra, essa quase ausência de luz. Tarefas estabelecidas mas não cumpridas, planos idealizados mas não realizados, alvos definidos mas não atingidos. O que era para ter sido e não foi. Apenas o quase. Meio do caminho. Apenas uma terrível angústia. Um fim que se impõe todo dia: interminável, mas não conclusivo. Nem dia nem noite.

No entanto, certo dia, vi o sol. Distante e esquecido lá em cima do céu, cansado da rotina de fazer as cores existirem, resolveu descer. À medida que ia descendo, maior ficava. As casas, árvores e montanhas se apagavam, mas também adquiriam reflexos dourados, fazendo as atenções convergirem para ele. Meu coração, também cansado da rotina, ia calando as exigências e reivindicando o seu espaço. A luz dourada revelava o sonho e a esperança e deixava as contas, tarefas e problemas na penumbra. O sol, em seu último rasgo luminoso, foi embora prometendo voltar, enquanto a primeira estrela aparecia no céu negro. Dia e noite ao mesmo tempo.
Gabriela Machado Machado
04/05/2001

1 de ago. de 2010

E Deus fez Itacoatiara...

...e viu que isso era muito bom.



Depois de 3 meses a filha à casa torna...

30 de jul. de 2010

Palavras + atitudes = coerência

Eu posso suportar o cansaço do dia-a-dia.Mas para mim é difícil suportar a incoerência. Isso sim cansa demais. Cansa na alma. Escutar palavras que não condizem com a verdade ou não se traduzem em concretude são completamente frustrantes...É uma época de homens sem palavra.

Daí o Sérgio Pimenta sempre parece me entender. Ele é atemporal.

A fonte

As palavras não dizem tudo
Mesmo que o tudo
Seja fácil de dizer
Com certeza fala bem melhor o mudo
Se sua atitude manifesta o que crê

Compromisso sumiço, omisso
Ou faz o que fala
Ou se cala de uma vez
Que não venha sobre si justo juizo
Pois terrível cousa é cair nas mãos do rei

Mesma língua que abençoa, amaldiçoa
Mesma língua canta um hino
E traz divisão
Não pode da mesma fonte
O doce e o amargo
Se Cristo habita de fato no coração


20 de jul. de 2010

Eu não quero ter 1 milhão de amigos...

Que me desculpe o Roberto Carlos, mas eu faço a opção por ter bem menos que isso.

Já houve tempo (confesso) em que me deslumbrei com o orkut e cheguei a pensar “uau, quanta gente conheço”. Hoje, com a falta de tempo em que me encontro, sem nem ao menos mandar um recado “e aí, como estão as coisas?” para muita gente querida, às vezes sinto inveja dos que ostentam em suas páginas apenas 250 pessoas nos seus contatos.

Não digo que não seja possível se relacionar com muitas pessoas. Sim, conheço muitas que embora não sejam tão próximas, são extremamente queridas a mim. Outras já estiveram mais presentes, aqueles amigos chegados mesmo, mas que por circunstâncias da vida, estão mais distantes (física ou emocionalmente) e nem por isso deixaram de ser especiais (e nem deixei de chamá-las amigas). E é claro: poder olhar e perceber quantas pessoas nos tocaram de maneira especial ao longo da vida é um presente.

Mas o que tenho pensado ultimamente é que diante de tanta banalização nos relacionamentos em geral (hoje qualquer desconhecido quer ser amigo em uma rede social), há que se fazer escolhas para ter algo profundo e significativo.

Porque ser amigo de verdade é coisa que demanda tempo e investimento. E como nessa vida louca o tempo tem faltado, são poucos (vamos ser sinceros) os que realmente podem ser objetos desse tempo.

Antigamente tinha dificuldade em entender uma parte de um texto do livro de Provérbios que diz: “O homem que tem muitos amigos sai perdendo;mas há amigo mais chegado que um irmão.”Eu pensava: “Como alguém pode sair perdendo tendo muitos amigos?”

Acho que hoje eu entendo. Com muita gente, acabamos perdemos qualidade de relação.

Amigo é coisa de caminhada, não é algo que se adquire na prateleira de supermercado quando se percebe que falta este item na sua vida.

Como já disse C.S. Lewis em “Os Quatro Amores”, é algo para os que têm algo a partilhar:

"A Amizade surge do mero Companheirismo quando dois ou mais dos companheiros descobrem que têm em comum alguma percepção ou interesse ou mesmo gostos que os demais não partilham e que, até aquele momento, cada um acreditava ser o seu tesouro ou fardo especial. A expressão típica de um começo de Amizade seria algo como: “O quê? Você também? Pensei que eu fosse o único.” (...). É quando duas pessoas assim descobrem uma à outra, quando, seja com imensa dificuldade e hesitação, ou com o que nos parece uma rapidez elíptica, elas partilham a sua visão – nascendo assim a Amizade. E imediatamente ficam juntas numa imensa solidão.(...)

A amizade é tão desnecessária quanto a filosofia, a arte, o próprio universo (pois Deus não precisava criar). Ela não tem valor de sobrevivência; pelo contrário, é uma daquelas coisas que dá valor à sobrevivência.(...)"


Feliz Dia do Amigo a todos que já dividiram comigo um tesouro ou fardo especial.

17 de jul. de 2010

Adequado e atemporal



Ontem?
Hoje?
Amanhã?

Para quem?

As respostas não importam,
registrar é preciso.
Para isso é sempre tempo,
e a resposta é sempre certa.

Dunga e os telhados de vidro brasileiros



Eu sei. A copa já acabou há uma semana e o Brasil foi eliminado da mesma há duas. Mas como não consegui passar por aqui antes vou me dar o direito de escrever sobre um assunto que me incomodou um bocado.

Após a eliminação do Brasil, mesmo com a vida andando como se nada houvesse acontecido (uma vez que, em se tratando de futebol, eu torço mas não esquento a cabeça), continuei acompanhando a repercussão do fato. E todos sabiam o que aconteceria a seguir: toda a polêmica que se desenrolava por conta do comportamento do Dunga, mas mal era contida na esperança da vitória, deu lugar a uma enxurrada de declarações acaloradas, iradas e recheadas de impropérios. O povo lavou a alma no twitter e outras redes sociais e tome “fora Dunga” “Dunga burro” e por aí vai.

Achei exagero. Numa boa. Com certeza ele cometeu erros e foi infeliz na administração de seu humor no trato com a imprensa. O cidadão pode ter vacilado mas não era para tanto.

Mas como comentários futebolísticos não são meu forte e na minha própria casa fui execrada ao tentar minimizar as críticas ao Judas da vez, fiquei na minha até mesmo para não cair no lugar comum.

Mas, bastou uma rápida caminhada nas ruas num dia comum da semana seguinte para me fazer pensar o seguinte: “Quem é a (enorme) maioria do povo brasileiro para reclamar na falta de educação do Dunga?” Afinal, infelizmente não vivemos numa terra de “ladies e gentlemen”. Ou alguém discorda disto por aqui?

A verdade é que cada dia me desanimo mais com a falta de educação dos brasileiros. E não estou falando de gente humilde (que teria no senso comum a desculpa para isso), mas de gente “bem criada”. É no trânsito, é no supermercado, é no trato em geral. Acontece com crianças, jovens, adultos e gente idosa. A falta de ética reina também, absoluta. Palavrões? Basta dirigir seu carro 10 minutos e você já escutou muitos deles (geralmente dirigidos pelos infratores).

E, você pode ter certeza que se conversar com estas mesmas pessoas, elas condenarão a atitude do Dunga. Afinal todos dizem, “ele deveria ser exemplo”.

Concordo que ele deveria ter sido mais contido, concordo que pessoas em destaque (e não apenas elas, mas todos) deveriam ser exemplo. Só não consigo ouvir essa opinião dessa massa de orgulhosos proprietários de seus “telhados de vidro”.

Vamos combinar uma coisa: vamos trabalhar, vamos estudar, vamos ser um povo digno. Aí depois a gente reclama do Dunga, ok?

Como escreveria no twitter: #prontofalei.

2 de jul. de 2010

Dando um “oi” e falando desta Copa esquisita

Tá, sumi mesmo. Muitos afazeres, cabeça dando nó e por último uma gripe sinistra que finalmente me pegou. E que ainda veio com brinde: uma dor nas costas, que me fez descobrir o que é ter que tomar relaxante muscular. Ou seja: 3 dias em que eu não vali nada.

Bem, graças a Deus desde terça estou bem, mas correndo atrás do prejuízo para colocar a vida (ultimamente já bem louca) em dia.

Daí corri para passar por aqui e resolvi deixar uma pergunta aí no ar: sou apenas eu ou vocês também estão achando esta Copa bem “sui generis”?

Reparem:

Em primeiro lugar, tá muito “chocha”: demorou para “cair a ficha”; quando percebi, a Copa já estava aí. E prossegui, sem muita animação (que percebi ser um estado geral, resultado óbvio do nosso time que não está empolgando nadinha).

Em segundo lugar tá muito esquisita: Itália e França fora na 1ª fase já é suficiente para confirmar a estranheza...

Em terceiro lugar tá divertidíssima: acredito que justamente devido à falta de um futebol que realmente empolgue, os assuntos mais comentados são.... Jabulani, Vuvuzela e...Cala Boca Galvão! E como estamos na era da total interatividade na internet, somos presenteados quase todo dia com algo engraçado na web, como esse vídeo aqui embaixo que conseguiu misturar Senhor dos Anéis e Vuvuzelas...

Isso é a Copa 2010 minha gente. Mas tá valendo pelo menos como desculpa para encontrar os amigos para ver os jogos e me divertir muuuuuuuuuito...

17 de jun. de 2010

Tão bem.



Leve,
só você me faz sentir.
Não é necessário o azul:
apenas seu toque,
que faz tudo
estar no devido lugar.
É assim que me sinto:
encaixada.
No compasso certo,
na adequada nota
da melodia.
Tudo que há à volta
é riso.
E mesmo o trabalho,
é suor que faz brotar o pão.
É sentido
neste elaborado projeto
que sou
em construção.
No meu rosto que muda,
há mais de Ti
e cada vez mais
do que é para ser mim.
Mistério que não entendo,
mas é cheio de razão,
pois o amor explica tudo.
Tu me amas.
Basta isso,
para me sentir
leve.

Gabriela M. Machado 17/06/2010
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Acabei de estar com pessoas amigas, com gente de Deus. Falamos das coisas dEle e de como é bom viver o cristianismo com leveza. Em cada rosto vi um presente. Tanta gente singular, especial...com riquezas particulares que no seu momento são bálsamo para meu coração.

Este momento não é à toa. Tenho me sentido tão plena. E me sentir assim também não é à toa. É obra em construção do Criador. Vejo isso ao ler ainda há pouco alguns textos do antigo blog. Coisas de 1 a 2 anos atrás. Engraçado perceber como tão pouco tempo pôde trazer tanta mudança. E mudança tão positiva. Hoje sou outra. E isso é bom.

Tantas vezes me angustiei. Ele sabe quanto. Porque o tempo não é nosso. Mas Ele é Senhor do tempo.

Papo meio doido né? Mas sei lá, deu vontade de falar e acabou saindo a poesia acima.

Pode ser que amanhã alguma tristeza manche meu dia. Mas hoje eu tô feliz.

14 de jun. de 2010

Entrando no clima (bem humorado) da Copa!

Juro que não estava nem um pouco no clima da Copa. Estava esperando que as primeiras imagens do jogo do Brasil amanhã me despertassem enfim para toda essa movimentação à minha volta.

Mas eis que eu vejo esse vídeo criado em cima da repercussão que a expressão "Cala boca, Galvão" causou quando bombou nos trending topics mundiais do Twitter.

Morri de rir. E já valeu pela Copa inteira...rs!

Antes de ver, leia a explicação:

"Cala boca, Galvão" ganhou o mundo na internet. De tanto ser digitada pelos usuários do Twitter na abertura da Copa do Mundo, a expressão atingiu os Trending Topics mundiais- tópicos mais produzidos - da rede social. E permace em destaque até hoje. Tudo começou, na quinta-feira (10), quando os usuários tuitavam para o locutor Galvão Bueno, da Rede Globo, parar de falar na abertura dos jogos.

Depois de alcançar os Trending Topics mundiais, os usuários que não entendem português perguntavam o que significava a expressão. Os criativos brasileiros inventaram, em inglês, que "Cala boca, Galvão" era o nome do novo clipe da Lady Gaga. Outros diziam que se trata de uma campanha para salvar uma espécie rara de pássaros do Brasil. Aliás, criaram até o perfil
"Galvão Institute" no Twitter e um vídeo sobre a tal campanha.

A brincadeira foi tão longe que até o jornal espanhol "El País" publicou uma matéria contando a verdadeira história sobre a frase "Cala boca, Galvão". "Cala a boca, Galvão é uma grande brincadeira dos brasileiros do Twitter - o país é o segundo do mundo em número de usuários, atrás dos americanos. Galvão Bueno é um dos comentaristas esportivos mais conhecidos no país do futebol", escreveu o jornal.



Depois achei no Youtube este outro, também sobre a polêmica, encarada agora por ninguém menos que Hitler...rs:



Salve o Brasil, e cala a boca Galvão!

P.S.: Vi no Pavablog, mas a matéria é daqui.

13 de jun. de 2010

Meu presente de ontem (E é o mês dos namorados 3!)

Tá aí e nem precisa de palavras. Como se canta: “Isso é o Monoblocoooo, isso é o monoblocooo...”


Só fiquei chateada porque minha gravação deles cantando a versão de “Do seu lado” do Jota Quest (que eu amo), ficou com a imagem ótima, mas o som péssimo (sniff). Pretendia colocar aqui, mas, fica para a próxima...

12 de jun. de 2010

Solteira no dia dos namorados? (E é o mês dos namorados 2)

Pergunta:
O que fazer quando se está solteira num dia 12 de junho?

Resposta (fácil):
Usar o din-din que gastaria com presente no....Arraiá do Morro da Urca com o Monobloco!!!!
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Parênteses: Com isto está aberta a minha “Festas Juninas Season” (iupiiiiiiii)
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Mas voltando ao assunto, em homenagem ao dia, deixo o mesmo vídeo que postei ano passado no antigo blog, que fala sobre o encantamento.

Não importa se você está sozinho ou acompanhado, estar enamorado sempre vale à pena, seja por alguma coisa, por um sonho, mas principalmente pela vida.

Sendo assim, feliz dia dos namorados para todos nós!

9 de jun. de 2010

Once

Acabei de assistir esse filme aí do vídeo abaixo. Once (Apenas uma vez). Estava na minha lista faz tempo e hoje num momento de “pára tudo para dar uma respiradinha” eu vi.

Lindo, sensível, leve. Humano e real.

Ajuda a lembrar que tem coisas que acontecem assim, “once”: não surgiram do jeito que se previa, não terminaram do jeito que se imaginava, mas enfim, fizeram toda a diferença na sua vida. E não é isso que importa afinal? Nem tudo tem que ser clichê.

E você ainda fica com músicas lindas na cabeça, como essa, Falling Slowly (que ganhou Oscar de melhor canção):

I don't know you
But I want you
All the more for that
Words fall through me
And always fool me
And I can't react




P.S. 1: Tenho que conhecer a Irlanda.

P.S. 2: Se os amigos quiserem fazer caridade, estou aceitando a trilha sonora deste filme de presente. Linda!

P.S. 3:O post não fazia parte da lista “E é o mês dos namorados!”, mas tem tudo a ver né?

P.S. 4: Falando em mês dos namorados, a Mari está promovendo no seu com.versa uma love week. Muito legal, passa lá!

P.S. 5: E por falar em outros blogs e amigos, aproveito para fazer um agradecimento geral a todos que têm passado por aqui e comentado. Obrigada mesmo, de coração!

6 de jun. de 2010

Janela sem moça



Ainda há pouco
estava na janela,
e a paisagem à frente
enchia seu olhar.

Mas ouviu a Voz,
nova e conhecida:

“Vai.
Muda.
Transforma.
Caminha.
Encontra.
Arrisca.
Construa.
Transponha.
Alcança.
Celebra.
Desfaça.
Reparta.
Cresça.
Enlaça.
Mas não pense,
nunca,
em parar.”

Suficientes palavras,
para a bagagem.

Já agora,
seus pés pisam e são parte
da concreta paisagem.
E a janela está vazia.

Gabriela M. Machado 06/06/2010

3 de jun. de 2010

E é o mês dos namorados (1)!

E ele (que também é o mês das festas juninas que eu amooooooo) chegou me dando trabalho com o bug do Corel X4 (quem é designer sabe do que estou falando), com um friozinho que promete e as expectativas da Copa do Mundo (nossa, já chegou!).

Como a Copa não está me animando muito e comentários futebolísticos não são o meu forte, falemos sobre...relacionamentos.

Não, não estou namorando, mas sobre esse assunto todo mundo tem um pitaco a dar (não é verdade?). Portanto, pretendo dar os meus nos dias que se seguem...

E para começar, olha que tirinha interessante:



Vi aqui, mas é daqui.

30 de mai. de 2010

Ainda sobre esperança (e a verdadeira realidade)

Trecho do livro “The Weight of Glory” (Peso de Glória) do C.S. Lewis, que li ainda nesta última sexta antes de dormir, num devocionário com trechos de obras desse autor. Na data 28 de maio veja o que encontrei:

“Não sabemos no que nos tornaremos”; mas podemos ter certeza de que seremos mais, e não menos, do que tivermos sido na terra. As nossas experiências naturais (sensoriais, emocionais e imaginativas) são como um esquema, como traços pincelados num papel liso. Se as pinceladas desaparecerem na vida nova, elas sumirão apenas no sentido de que uma pincelada desaparece diante de uma paisagem de verdade, e não como chama de uma vela que é apagada. Trata-se, antes, de algo semelhante à chama de uma vela que se torna invisível porque alguém levantou os vidros, abriu as venezianas e deixou entrar o clarão da luz do sol.”

Pois é. É nisto que acredito.
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P.S.: Também acredito que o C.S. Lewis é (foi) o cara. Como eu amo o que ele escreve!

28 de mai. de 2010

Onde nossa esperança deve estar

Bem, o Senhor quis e Ele sabe o que faz.

Hoje, nosso amigo Vagner Porto faleceu. A gente não entende, nossas mentes limitadas não entendem muitas vezes os caminhos de Deus.

O que temos que lembrar sempre é que nossa vida não se resume a isso aqui. É apenas uma amostra grátis. É nesta perspectiva que nossos corações são consolados, na certeza que o encontraremos um dia, pois cremos naquele que disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá."

E assim me lembro de uma música linda do Sérgio Pimenta, que foi marco na música cristã e também morreu precocemente. Nela está este ensinamento: o de não esquecermos nunca de onde nossa esperança deve estar.

A gente se vê Vagner!



Lugar para mim

Fosse a esperança resumo do que se encerra na terra,
Eu seria o mais infeliz dos homens,
Qual barco que a vagar pelo mar da amplidão,
Vai sabendo que o porto seguro é sonho em vão.
Minha esperança em verdade é meu Deus, Que desde há muito já foi preparar lugar para mim.

27 de mai. de 2010

Tática para assistir filme de ação (e encarar a vida real)

Neste último domingo, assisti a “Homem de Ferro 2” e foi ótimo. Cinema é sempre um programa imperdível para mim. E além da história bem contada, Robert Downey Jr. continua perfeito para o papel em seu cinismo cheio de charme.

Mas lá pelas tantas chegou-se ao clímax cheio de ação e muita tensão. E ri ao lembrar-me de algo que instintivamente faço desde criança e contei a uma amiga que estava comigo, que se escangalhou de rir e soltou uma frase que ela repete sempre: “Gabi, você é uma figura”.

Vou explicar: quem me olha assim, com essa cara de menina tranqüila não faz idéia do quanto sou ansiosa. Isso desde criança, e mais ou menos dependendo da situação em questão. E isso acontece com vários filmes com alta carga de adrenalina.

Lembro-me de quando, aos 8 anos de idade, assisti a Superman 3 no cinema (!!!!!!!!!!) ter ficado com minhas mãos cheias de suor numa cena de luta (daquelas de vida ou morte) no clímax do filme. Surreal.

Daí, ao perceber esta minha reação, elaborei uma estratégia: se a coisa está tensa e eu não consigo resolver na base do bom senso (entenda-se, lembrar que aquilo é apenas um filme) eu começo a recitar um mantra: “Gabi, no final vai dar tudo certo”, “Gabi, no final vai dar tudo certo”, “Gabi, no final vai dar tudo certo”, “Gabi, no final vai dar tudo certo”...

E resolve, acreditem.

Mas não paro aí: para quem tem algumas convicções e certezas como eu tenho, essa frase vale também para a vida real. No final tudo sempre dá certo. Pode não ser da maneira que imaginamos...mas dá.

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P.S.: É assim que penso em relação a um amigo querido e aluno da Escola de Pastores que ontem sofreu um acidente e se encontra à espera de um milagre. No final tudo dará certo. Estamos orando por você Vagner!

23 de mai. de 2010

Em frente



Foi num dia comum que percebi:
o passado não é mais minha casa.

Recebi a notícia sem surpresas, pois
lembrei-me de ter visto, pouco a pouco,
suas paredes deixarem de me cercar.
Sim,
carrego algumas coisas
que havia lá dentro:
cores, cheiros, sons,
vozes, sorrisos, rostos,
corações.
E minha identidade, claro. Em construção.

Sinto que piso em outras terras
e o novo está diante de mim.
Embora este, muitas vezes,
tenha cheiro de nada.

Não me assusto:
mais livre,
não procuro o futuro
em sôfregas e constantes consultas
aos elaborados projetos de meu caderno de viagem.
Sei que ele está
nos traços de cada dia que começa,
e espero os desenhos do tear
que compassadamente
rege as tramas de minha vida.

Não tenho pressa, às vezes paro;
que os outros passem por mim.
As pausas e não apenas notas,
são essenciais à partitura.
E a aventura também se faz
de silêncio e solitude.

A curiosidade, sim, sempre estará lá
no abrir de mais uma porta,
ou janela.
Mas engraçado: sempre acelerado,
o coração já não é mais intranqüilo.
Conheço melhor meus pés,
e a Mão que me conduz.

Estou apenas no caminho.
E isso é muito bom.

23/05/2010, Gabriela M. Machado

Nasci de novo

Já vai fazer um mês.

Eu e mais duas amigas havíamos viajado para Cabo Frio a fim de aproveitar o final de semana prolongado por conta do feriado do dia 23/04. Eu estava precisando demais. Precisando de descanso, de ar, de renovação. Sem brincadeira, no caminho para lá até pensava na foto de Arraial que colocaria aqui.

Mas Deus sabe por que, as coisas aconteceram de maneira diferente do esperado. E a renovação veio, mas de uma maneira não convencional.

O dia 23 foi além das expectativas: dia lindo, praia, amizades, companheirismo, sorrisos.
Mas na madrugada do dia 24/04, cerca de 2 da manhã, voltando de Búzios e há poucas quadras de onde estávamos hospedadas sofremos um acidente: um carro em velocidade altíssima resolve avançar o sinal vermelho e se choca contra nosso carro, que capota. Nunca havia passado por algo parecido, e creia, se algum dia você viu um filme de ação e achou tudo muito emocionante, acredite, não é.

Bem, apesar de uma das amigas ter quebrado o pé e precisado fazer cirurgia (ela está bem), conseguir sair do carro com a facilidade que saímos, vermos que estávamos vivas e bem, e tantas outras coisas que se sucederam fizeram tudo ser um verdadeiro milagre.

Normalmente a maioria das pessoas pensa em milagre como algo que justamente te impede, por exemplo, de passar por uma situação dessas. Mas neste caso em particular, o milagre esteve no cuidado e na mão de Deus em cada desdobramento posterior. Já passou tempo e não é o caso de mais detalhes, mas em tudo que aconteceu, eu e minhas amigas vimos o amor de Deus por nós.

E foi aí que a renovação veio de uma maneira diferente em minha vida (e creio que na delas também).

Se houve uma lição que tirei disto tudo é que apesar de poder estar agora experimentando a presença de Deus de uma maneira totalmente diferente, Ele quer que eu viva aqui ainda. E se Ele me mostrou isso, eu tenho que levar esse negócio muito a sério. Se estou aqui é porque há muito para fazer por essas bandas de cá.
Tenho que a cada dia então, aprender a viver mais intensamente não no sentido da quantidade de coisas que faço ou de emoções que me permito experimentar, mas no sentido de viver com profundidade, amando, me doando, sendo o melhor que puder com os talentos que Ele me deu e olhando para cada momento em minha vida como uma experiência rica que não deve ser desprezada.

É isso aí.




15 de abr. de 2010

Dia de mosquinha

Achei um vídeo perfeito para o dia de hoje:
  • Porque depois do que passamos recentemente, sempre é bom refletir sobre o que realmente importa.
  • Porque também estou com uma “to do list” enooooorme.... :(
  • Porque como a mosquinha só deu para passar aqui um minutinho.

Será que foi perfeito para o seu dia também?

P.S.: Ah...achei o vídeo aqui.


8 de abr. de 2010

Caos e tristeza 2 – a indiferença que me indigna

No entanto para mim talvez o pior nisto tudo seja a indiferença de tantas pessoas.

É muito triste escutar as declarações das autoridades. “O problema é a ocupação desordenada do solo” eles dizem. Juraaaaaaaa???? Nossa, que coisa hein...nem imaginava (modo irônico on)! Meu Deus! Todo mundo está careca de saber isso! Que palhaçada!

Outra: hoje no noticiário, escuto que outros estados ofereceram suas forças de defesa civil, bombeiros, etc., mas, nosso governador disse que não estava precisando neste momento. Cuma??????

Mas, se não bastasse isso, hoje, escuto pessoas no meu prédio, que faziam sua ginástica alegre e despreocupadamente rirem da situação do pânico causado por um falso arrastão em Niterói. Como assim rir??? Se as pessoas entram em pânico, é porque não se sentem seguras, somado ao fato de estarem abaladas emocionalmente por toda esta situação em Niterói. Em que mundo esses meus vizinhos estão???

Pois é gente...pára o mundo que eu quero descer...

Caos e tristeza 1 – a realidade a cada dia mais nítida.

É estranho. Quando publiquei o último post não podia imaginar o que nos esperava na região do Rio, Niterói e redondezas esta semana. Não fosse a data que está no cabeçalho, ele seria considerado humor negro.

Desnecessário escrever com detalhes o que aconteceu desde a noite da última segunda-feira, 05/04: está em todos os jornais, na internet e todos estão acompanhando pela TV.

Contudo, a cada dia que passa desde o início de tudo, fica mais claro para mim que o que vemos nos meios de comunicação não é nada perto de toda a extensão do acontecido e está a anos-luz da realidade verdadeira se pensarmos que a mesma é um somatório da experiência de todos o que estão por aqui. Quando escutamos relatos de amigos, conversas na rua, nos ônibus, dá para pensar: “caramba, e eu não sabia de nada!”

Foi assim comigo.

Na terça acordo, vejo o tempo, ligo a TV e...vocês já sabem. Ligações para queridos para saberem se não cometeram a sandice de se deslocar de Niterói para o Rio e depois, paciência: feriado forçado em casa. Quando saio do meu prédio (depois da água que invadiu a garagem baixou) para resolver uma questão do meu trabalho, já que moro muito perto e seria a única que poderia ir lá, vejo, do lado de fora um quadro totalmente novo no bairro onde eu moro: muita, mas muita lama, comércio fechado, morros desbarrancados...Volto para casa e continuo acompanhando tudo pela TV pensando: que privilégio ter um lugar seco, com água e com luz (mesmo sem internet e telefone fixo!).

Mas foi na quarta que as notícias de Niterói foram se tornando conhecidas (até então quase nada daqui era veiculado, só notícias do Rio). No trajeto de ônibus para Icaraí, bairro próximo ao meu em Niterói, vejo o lixo acumulado na praia, a sujeira, o caos. Mas foi uma conversa no banco de trás do ônibus que mexeu comigo:

- “Estou indo para o trabalho hoje só para dar satisfação ao patrão” – uma mulher comentou com outra, e continuou: “tem uns nove corpos estendidos perto da minha casa, e só hoje chegaram os bombeiros”. Pausa. “Chorei ontem o dia inteiro”.

Ela era moradora do Grotão, local onde aconteceram deslizamentos. Pessoas do ônibus falaram de corpos achados no canal de São Francisco, já perto da praia. Nó na minha garganta.

Mais tarde, ainda pela manhã, muitas ligações no celular. Uma delas informando que familiares de um amigo estavam soterrados em um dos deslizamentos.

E assim, desde então as histórias foram chegando, a verdadeira situação precária de Niterói e redondezas ficando mais clara (acessos a vários bairros bloqueados). E ontem à noite a situação do deslizamento no Morro do Bumba.

Minha conclusão: só depois de alguns dias teremos a dimensão de tudo o que aconteceu. Uma semana que jamais esquecerei. Oremos e ajudemos!

2 de abr. de 2010

E essa chuva que não larga da gente!

Já é abril, mas em homenagem às “águas de março” que estão parecendo eternas, e aos brasileiros que são “seres” muito criativos, um videozinho muito engraçado, contribuição da Bia Bacana!

Ainda sobre o niver...

Olha o que achei por estes dias: poder saber qual era a página da Veja da semana em que você nasceu...

Tudo bem que eu dei a dica da minha idade no post do dia do meu aniversário, mas agora o peso é maior. Reparem: por alguns dias, eu, carioquíssima, quase nasci no Estado da Guanabara. Disfarçaaaaaaaa....






Tirei daqui.

1 de abr. de 2010

Sugestão de presente para o dia 1º de abril




Tenho encontrado tanta gente cara-de-pau ultimamente que já estou fazendo estoque de óleo de peroba para presentear...

8 de mar. de 2010

Não é tão difícil assim entender as mulheres...

...se até a Volkswagen entendeu!

Marmanjos: assistam essa inteligente e sensível propaganda...e aprendam!



Feliz Dia Internacional das Mulheres a todas nós “sofisticadas engenharias femininas”.

26 de fev. de 2010

A vida podia ter botão de pause...

Simples assim.

Só por hoje eu não vou plantar nada no Farmville...

Eu tinha prometido mas não resisti. Vou falar de uma das razões do meu sumiço no blog nos últimos 4 meses, uma razão na verdade bem peculiar.

A maior parte das razões vocês já imaginam: falta de tempo, trabalho, cansaço, por aí. O final do ano passado foi realmente desgastante.

Contudo não bastasse isso, por volta do início de dezembro minha diletíssima irmã me faz um pedido: “Gá, me adiciona no FarmVille! Tô precisando de vizinhos.”

Não sabe o que é FarmVille? Sorte sua....rs.

Nas palavras do Wikipédia:
“FarmVille é um simulador de fazenda em tempo real desenvolvido pela Zynga, disponível como um aplicativo no site da rede social Facebook. O jogo permite que os membros do Facebook possam gerir uma fazenda virtual que inclui o plantio, cultivo e colheita de diversas plantas, árvores e animais.[1] Desde o seu lançamento em junho de 2009,[2] Farmville se tornou o aplicativo mais popular no Facebook, com 63,7 milhões de usuários ativos em 9 de novembro de 2009.[3]”

Detalhe: Segundo uma atualização mas recente, o jogo conta hoje com 80 milhões de jogadores no mundo inteiro...

Falando assim parece uma coisa inofensiva. Não se iluda meu amigo: não é.

No dia seguinte após minha entrada no jogo eu já estava completamente viciada. Não via a hora das plantações crescerem para eu colher (cada tipo de plantação leva um tempo para ficar pronta para colher), ficava aflita se passasse um pouco da hora (as plantações morrem se passa muito tempo depois do horário da colheita), ficava calculando que plantação era mais rentável, pensando quantos animais poderia ter, quando ganharia os prêmios que davam pontos para passar de nível, quantos vizinhos eu tinha que ter para aumentar minha fazenda... Nem preciso dizer quanto tempo perdia com esse bagulho.

Se você me conhece deve estar chocado...rs. Pois é, eu também me surpreendi. Nunca pensei em ficar viciada em algo assim (é assim que a gente se conhece...rs).. Quem me viu nas primeiras semanas ria de se escangalhar ao me ver falando freneticamente do jogo. Muitos me perguntavam se isso era um tipo de tamagoshi (quem lembra disso?).

Mas enfim, para felicidade de todos decidi mudar de vida, entrei para o FA (Fazendeiros Anônimos) e estou limpa há 14 dias como comprova minha plantação completamente abandonada na foto abaixo...rs.



Confesso que houve uma recaída ao abrir o facebook dia desses e ver que podia pegar uma borboleta rara para formar uma coleção no jogo.

Mas é claro, a regra é “só por hoje” e agora Gabizinha se encontra novamente na CNTP (condições normais de temperatura e pressão).

Goodbye FarmVille...rs!!!

P.S.1: Olha o que eu achei sobre isso no youtube:



P.S.2: Cuidado! Existem primos pobres do FarmVille no Orkut chamados Colheita Feliz e Mini Fazenda. Se um amigo teu te convidar, faz o sinal da cruz e sai correndo...rsrsrsrsr!

22 de fev. de 2010

"E agora sim, o ano começa!"

Ouvi a frase acima muitas vezes neste último final de semana e hoje no twitter vários conhecidos a usaram ao invés do bom dia usual. É fato gente: no Brasil as coisas andam mesmo só depois do Carnaval. Mas confesso que nunca tinha achado um início de ano tão arrastado como este (talvez culpa desse calor senegalês que tirou o ânimo dos seres vivos por estas bandas).

Mas enfim, que o ano comece mesmo de verdade!

Em homenagem a isto, e tomando vergonha na cara, retomo o blog que estava vergonhosamente abandonado. Muitas coisas aconteceram, muitas idéias vieram e não foram registradas, e assim (quem diria!), passaram-se 4 meses desde o último post. Mas não é mais hora nem tenho mais paciência para auto-explicações.

O negócio é botar a bola prá frente e sacudir que nem o bebê neste vídeo, ao som de Single Ladies da Beyoncé. Hilário!



Ah...aproveito para agradecer a todos os comentários feitos mesmo neste período de ausência da minha parte!